Tenho observado a crescente relevância das ferramentas digitais, em especial das mídias sociais, no contexto do Planejamento Estratégico de Marketing. É evidente que estes recursos se tornaram imprescindíveis para a ampliação do alcance dos objetivos organizacionais, sobretudo diante da evolução conceitual do marketing, que atinge sua versão 5.0 ao integrar tecnologia e humanização em suas práticas.
Mas, a distinção entre Marketing e Ferramentas Digitais revela-se fundamental para a atuação consciente e estratégica dos profissionais da área. Enquanto o marketing constitui a base conceitual, abrangente e orientadora das ações organizacionais, as ferramentas digitais configuram-se como meios operacionais que viabilizam a execução dessas estratégias de maneira eficaz e mensurável no ambiente digital.
O emprego da expressão "Marketing Digital" mostra-se pertinente quando há respaldo em um planejamento estruturado, conforme demonstrado neste estudo, de forma análoga ao que ocorre nas práticas do marketing tradicional. Todavia, à luz dos pressupostos do Marketing 5.0, tal distinção torna-se, em muitos casos, desnecessária, uma vez que se trata de uma evolução do próprio marketing, e não de uma nova modalidade.
É importante salientar que a utilização das mídias sociais de forma mecânica, meramente como canal de comunicação, sem alinhamento estratégico ou objetivos definidos, não deve ser compreendida como Marketing Digital, tampouco como marketing em sua essência. Tais ações caracterizam-se por seu caráter tático, pontual e desprovido de fundamentação teórica, o que, provavelmente, não resultará em impactos significativos para a organização.
Então, acredito que a simples presença nas redes sociais, dissociada de uma abordagem estratégica e reflexiva, não se configura como prática de marketing e deve ser compreendida como uma ação isolada, carente de planejamento e eficácia sustentada.
2025 maio 15
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